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Lesão de nervos periféricos da mão e membros

Os nervos periféricos podem ser considerados, de forma ilustrativa, como sendo “fios condutores de eletricidade”. Eles levam os comandos cerebrais aos músculos e, no sentido inverso, os nervos levam a sensibilidade da pele ao sistema nervoso central.

Os nervos estão sujeitos a muitos tipos de lesão como ferimentos, tração (estiramentos), contusão por traumatismos, fraturas, esmagamentos, compressões (externas, como pesos ou internas como cistos e tumores), entre outros tipos.

Uma única lesão nesses “fios condutores” pode ter consequências importantes como a paralisia motora e alteração nos níveis de sensibilidade da pele, gerando efeitos graves ao paciente.

No caso da lesão dos nervos periféricos da mão e dos membros, o paciente pode perder os movimentos e /ou a sensibilidade dos membros superiores e ter dores, parestesias (sensação de choques e formigamentos), paresias (paralisia parcial) e paralisias, diminuindo a capacidade motora e sensitiva.

Em uma lesão dos nervos periféricos da mão e membros, é preciso que o médico ortopedista e cirurgião da mão faça uma avaliação para direcionar o paciente ao melhor tratamento, que pode ser a base de fisioterapia e, nos casos mais graves, indicações cirúrgicas, que precisam ser indicadas e realizadas no tempo correto.

 

Entre os tipos de lesão nos nervos que podem acometer o paciente, estão: neurapraxia, axoniotmese, e neurotmese. Na neurapraxia (ou neuropraxia) – paralisia que ocorre sem secção do nervo-, caso menos grave, a lesão é transitória e a recuperação é natural, podendo durar por algumas semanas.

Na axoniotmese, acontece a ruptura dos axônios (uma parte do neurônio responsável pela condução dos impulsos elétricos que partem do corpo celular até o músculo ou neurônio), sem secção do nervo em si, e a recuperação é mais demorada, podendo durar meses. Já na neurotmese há ruptura parcial ou completa do nervo propriamente dito, e a recuperação só é possível através da intervenção cirúrgica. Ao contrário do que se pensa, o nervo é capaz de se regenerar, total ou parcialmente, mesmo quando seccionado, dependendo, para isso, de um tratamento correto e tempestivo.

DR. RICARDO MENDONÇA | CRM 7758 | RQE 3540 | TEOT | 18647

Especialidades: Ortopedia e Traumatologia Cirurgia da Mão e Microcirurgia Formado pela Universidade Federal do Tocantins Residência de Ortopedia pelo HUGOL de Goiânia e Residência de Cirurgia da Mão pelo HC da Universidade Federal do Paraná. Areas de interesse: Trauma na mão, punho e antebraço. Dores na mão e punho. Alterações de nervos periféricos. Lesão do plexo braquial. Microcirurgia voltada para área de reconstrução. 

Microcirurgia

A microcirurgia é uma técnica cirúrgica altamente especializada que envolve a utilização de microscópios e instrumentos de precisão para operar em estruturas extremamente pequenas do corpo humano. Na microcirurgia, os cirurgiões realizam procedimentos complexos em níveis microscópicos, como a reparação de nervos, vasos sanguíneos e tecidos moles. Essa abordagem permite tratamentos delicados e precisos, com menor trauma e tempos de recuperação mais rápidos para os pacientes.

Ortopedia e Traumatologia

A ortopedia e traumatologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e reabilitação de lesões e doenças relacionadas ao sistema musculoesquelético. Os ortopedistas e traumatologistas tratam uma variedade de condições, incluindo fraturas ósseas, lesões articulares, deformidades musculoesqueléticas e doenças degenerativas, como artrite. Eles empregam uma variedade de técnicas, incluindo cirurgia ortopédica, terapia física e reabilitação para ajudar os pacientes a recuperar a função e a mobilidade.

 
 

Cirurgia da mão

A cirurgia da mão é uma subespecialidade da ortopedia dedicada ao diagnóstico, tratamento e reabilitação de condições que afetam as mãos e membros superiores. Os cirurgiões de mão realizam procedimentos para restaurar a função, mobilidade e estética das mãos, incluindo reparos de fraturas, reconstruções de tecidos moles e tratamentos para condições como síndrome do túnel do carpo. Eles também desempenham um papel importante na reabilitação pós-operatória, trabalhando em colaboração com terapeutas para ajudar os pacientes a recuperar a função e a independência.

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